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Um homem com uma bíblia

Photoframe: Um homem com uma bíblia - short serie ©by Antroponauta.

"Seleção Oficial do AnimaMundi Web 2004"

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©Eduardo Souzacampus

A história da animação nos remete aos primórdios quando o homem já tenta criar a ilusão do movimento através das imagens. Há 40 mil anos eram feitas pinturas de animais com várias pernas sobrepostas ou sequências de desenhos que descrevem uma ação ou um movimento. Centenas de colunas egípcias alinhadas em sequência, cada qual com imagens de uma mesma figura em progressiva mudança de posição, causavam ilusão de movimento quando uma carruagem percorria em velocidade uma linha paralela às colunas. Ânforas gregas foram também pintadas com atletas em movimento contínuo. Mas pouca evolução ocorreu em milênios com exceção talvez de imagens em suportes giratórios e sequência de movimentos encadernadas.

O século XIX foi marcado pela industrialização da imagem e o século XX por sua massificação. Este novo milênio coloca a imagem em uma dimensão intangível, acessada apenas à velocidade da luz.

Da fotografia serial de Eadweard Muybridge à multi-ocular de Matrix, de Lumière à Imax, das lanternas mágicas e à Pixar, de Winsor McCay e seu dinossauro Gertie a Jurassic Park, a tecnologia da imagem tem no centro de sua função a comunicação de um conceito, transmitida por hamlets, elektras e mickeys, personagens através dos quais, se desenvolvem idéias e histórias cujo poder e capacidade em conquistar a atenção de milhares de pessoas os coloca entre figuras reais da história e por vezes torna-os mitos e lendas da humanidade.

A diversidade de linguagens das escolas de animação clássicas e de vanguarda americanas como UPA, King Features e visionários como Tex Avery, Richard Willians, Chuck Jones, Hanna e Barbera, além da National Film Board of Canada, Zagreb e europa, Osamu Tezuka e animes, marcaram um caminho de intenso vigor criativo com profundos impactos sobre a sociedade moderna.